Pra quem acompanha o perfil da Dilma Bolada no facebook sabe que ela vive sambando na cara da sociedade e como ela tá "pagando" nossa estadia aqui, decidimos sambar também em homenagem a ela.
O começo da história já tem muita adrenalina: no dia da viagem -- sexta-feira a noite, logo após o Reino Unido INTEIRO entrar de férias -- a minha Londres estava toda engarrafada, o ônibus que iria levar a gente pro aeroporto atrasou uns quarenta minutos. Eu já estava entrando em desespero, se perdesse esse voo todos os planos das férias iam por água abaixo. Quando a gente já tava desistindo do ônibus, e correndo pra estação de metrô pra ir pro centro da cidade e pegar um trem expresso até o aeroporto, EIS QUE SURGE O ÔNIBUS. Agradeci a Deus. Mas dois minutos depois já começou a preocupação de novo porque o transito estava muito ruim. Por fim, chegamos no aeroporto QUINZE minutos antes de fechar o portão de embarque. Fila do checkin: furamos. Fila do raio-x: furamos também. Fomos correndo até o portão de embarque, que pela Lei de Murphy, foi o mais distante de todos. Quando chegamos lá, em cima da hora, o voo estava atrasado! Ufa, que sorte!
Como se não bastasse isso, chegamos em Budapeste e pegamos o ônibus até o centro da cidade (isso era por volta de 1h da madrugada). Assim que descemos do ônibus, meu querido amigo X (esse nome é pra evitar constrangimento) me lança a seguinte frase: "Pessoal, esqueci minha mochila dentro do ônibus". Perguntamos o que tinha dentro dela, ai ele fazendo uma cara de que ia ter um ataque do coração disse: "Meu macbook, minha camera fotográfica e meu passaporte!" Mas é muuuuuita lerdeza pra uma pessoa só! Com sorte, ligamos pra empresa do ônibus, que em 1h voltou lá pra entregar as coisas dele. Nesse meio tempo ficamos perambulando pela cidade com mala e todos os bêbados da rua nos encarando!
Esses são os amigos que viajaram comigo. De cima pra baixo: Mateus, Vanessa, João e Felipe |
Buda-peste
O hífen no nome da cidade é só pra dizer que essa cidade na verdade é formada pela junção de três outras: BUDA, ÓBUDA (do lado direito do rio Danúbio) e PESTE (do lado esquerdo), daí o nome da cidade, que é capital da Hungria. Ficamos quatro dias na cidade, que foram suficientes pra conhecer as atrações principais e, como era fim de semana, as baladas mais badaladas também.
A melhor maneira de conhecer uma cidade aqui na Europa é, assim que chegar, procurar um free walking tour, que são passeios à pé guiados por gente que sabe muito sobre a cidade e que dá muitas dicas importantes de lugares que compensam e que não compensam visitar durante a estadia. No fim do passeio, se você estiver satisfeito, dá uma gorjeta pro guia em forma de recompensa pelo trabalho dele. E essa foi nossa programação no primeiro dia em Budapeste. Uma impressão que eu tive dos moradores de lá é a seriedade e o silêncio. Eles não são muito de conversar e rir na rua não, mas isso provavelmente tem a ver a com história sofrida da Hungria no século passado, por causa das Primeira e Segunda Guerra Mundial. E por falar em Guerra, em Budapeste foi o primeiro lugar da Europa que eu pude "sentir de perto" a Guerra, num lugar chamado Hospital in the rock (Hospital na pedra), hoje é um museu, mas no passado foi um hospital e um abrigo nuclear, que por motivos de segurança, foi construído em túneis dentro de uma montanha. Dentro desse museu, os móveis e equipamentos médicos são todos originais, não é permitido tirar fotos e um guia nos acompanha pra contar as histórias, tristes do local.
Tristezas a parte... lá foi que aconteceu minha primeira vez patinando no gelo: no começo foi uma vergonha (30 minutos só deslizaaaaaaaaaaaaaando e levando um tombo mais feio do que o outro) Nos últimos 15min consegui me equilibrar pra fazer uma foto.
Foto difícil de ser tirada! |
E pra começar a série de sambas, aqui vai o primeiro vídeo, e mais vergonhoso, porque enquanto a gente estava gravando, o marinheiro/piloto e o co-piloto estavam nos vendo fazer essa palhaçada.
Um dia antes de ir embora, fomos a um dos mais famosos bar/boate da cidade e um dos mais diferente que já fui na vida, o Szimpla, chegamos em casa as 4h e teriamos que acordar as 6h pra poder partir pro próximo destino.
Bratislava
A viagem de ônibus era coisa rápida, em torno de 3 horas, mas pelas minhas experiências de náusea, tomei 2 remédios anti-enjoo pra prevenir o pior, que já aconteceu uma vez e eu relatei aqui.
Juntando o cansaço por não ter dormido na noite anterior mais o sono causado pelos remédios que eu tomei, adicionados ao maior frio que já passei na minha vida (OITO GRAUS NEGATIVOS), posso concluir que minha estadia na Bratislava não foi das melhores!
Essa cidade fica entre Budapeste e Viena, capital da Eslováquia, é uma cidadezinha bem pequena e cheia de história, também relacionada com as Guerras Mundiais e Fria. Como já estavamos cientes de que a cidade não tem muito o que fazer, decidimos passar só um dia por lá, que foi o suficiente pra conhecer a cidade. Como de costume, procuramos e achamos um free walking tour, PRA QUE CAÇAR UM WALKING TOUR NAQUELE FRIO??? Mas nos fomos na cara e coragem. Estava tanto frio que até a guia, que é nativa de lá, estava reclamando.
Congelaaaaaando |
O frio era tanto, que depois do tour à pé, entramos num restaurante pra almoçar e a primeira coisa que fiz foi ir ao banheiro e colocar minhas mão debaixo da torneira de água quente e esquecer da vida, até eu poder sentir meus dedos de volta! O trem tava feio mesmo! Por fim, antes mesmo de dar hora de pegar ônibus pra Viena, fomos pra Rodoviária, pra poder sair do frio!
Viena
Depois de duas horas de viagem, muito bem dormidas, chegamos super-hiper-mega cansados, fomos direto pro hostel pra poder descansar. No outro dia, já recuperado do frio, fizemos o walking tour e então conheci a cidade mais bonita que já vi até hoje. Pense numa cidade limpa, de arquitetura muito bonita e jardins lindos: só pode ser Viena!
A cidade hospeda o zoológico mais antigo e mais moderno do mundo. Uma das óperas mais famosas também do mundo. E eu fui em todos esses "maiores" e "mais famosos" lugares!
Dentro da Ópera, parecendo cenário de filme |
O caso da ópera foi engraçado. Estávamos nós passando na porta do teatro, no fim de um dia longo, que andamos bastante, e um cara nos chama pra oferecer o ingresso pra ópera que começaria em 50 minutos. Não pensamos muito e compramos. Fomos pra fila, de cara já percebemos que estávamos no "lugar errado"! Só dava os casal de meia idade e homens de terno, mulheres de vestido longo, todo mundo muito chique. E nós? Jeans, camisa de malha e só. Um dos meus amigos estava com camisa de futebol, e mesmo assim entramos, afinal de contas, estamos na Europa, ninguém tem o hábito de cuidar da vida dos outros, quanto menos reparar a forma como estão vestidos.
Por ultimo e não menos importante, passando na rua, vimos umas carruagens e "quer saber, já que tamo aqui mesmo, vamo andar de carruagem!" Passeamos pelo centro da cidade e, acredite, sambamos lá dentro.
Praga
Cinco horas de viagem até o último destino dessa viagem. Nesse momento, o cansaço já estava começando a bater e a saudade de casa também (por casa eu quero dizer London, baby!) Porque essa vida de dormir em hostel, compartilhando quarto com muitos desconhecidos é cansativa, além da andança que a a gente arrumava durante o dia e as baladas à noite, não há quem aguente! Aí eu pensei, MEU DEUS, minha viagem está só no começo, e ainda faltam 20 dias pro fim e no 10º já estou cansado!
Pra começar o dia, fomos trocar o dinheiro, porque na República Checa eles usam a própria estaleca, invés de euro. A primeira "praga" então aconteceu. Invés de trocar dinheiro na casa de cambio, sequelei e troquei num lugar não oficial. Resultado, meus 50 euros viraram uma nota de 1000 estalecas da Bielorussia, que não valia nada dentro da República Checa, e, segundo minhas apurações posteriores, não era suficiente pra comprar uma caixa de fósforo. Fiquei com muita raiva de mim mesmo, caí num golpe (esse caso aparece no vídeo do samba logo abaixo, porque nesse caso, invés de sambar na cara da sociedade, sambaram na nossa cara). Tirando isso, a viagem foi muito boa.
Aproveitando a rua sem muito movimento, decidimos fazer uma série de fotos que virou esse gif animado aí...
Momento sequela |
Uma coisa estranha que eu vi em todas essas quatro cidades que passei foram esses caras nessa pose. Achei que era artista, que quando colocasse uma moeda na mão dele, ele faria uma performance, mas não, é um pedinte, ficam nessa posição o dia todo. Infelizmente não consegui descobrir o motivo de eles pedirem dinheiro dessa forma.
O samba
E pra terminar em grande estilo, uma compilação de todos os sambas nessas 4 capitais que visitamos. No fim tem um momento engraçado/preocupante: quase que a câmera vira pó.
Só pra contar, a câmera que você viu caindo no vídeo assim está inteira ainda!
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Essa foi só a primeira parte da minha viagem, clique aqui para continuar a ler os causos das minhas férias!
Abraços e beijos!
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